Literatura na escola - 6º ano: Poemas de Paulo Leminski


Introdução
Esta é a quarta de uma série de 16 sequências didáticas que formam um programa de leitura literária para o Ensino Fundamental II.

Objetivos
Estimular o gosto pela leitura;
Desenvolver a competência leitora;
Desenvolver a sensibilidade estética, a imaginação, a criatividade e o senso crítico;
Estabelecer relações entre o lido / vivido ou conhecido (conhecimento de mundo);
Conhecer a diferença entre sentido literal e figurado;
Perceber a particularidade da palavra poética.

Conteúdos
Sentido literal e sentido figurado (ou denotativo e conotativo);
Paráfrase e interpretação;
Eu lírico ou Eu poético;
Forma literária.

Tempo estimado
Três aulas

Ano
6º ano

Material necessário
- Livro Melhores Poemas Paulo Leminski. 224 págs, Editora Global.
Desenvolvimento
1ª etapa: Sentido literal x sentido figurado - paráfrase dos poemas

Coloque no quadro os seguintes poemas de Paulo Leminski:

1)
você está tão longe
que às vezes penso
que nem existo

nem fale em amor
que amor é isto


2)
amarga mágoa
o pobre pranto tem

por que cargas-d’água
chove tanto
e você não vem?

3)
coisas do vento
a rede balança
sem ninguém dentro

Peça que os alunos respondam por escrito:

1. O que fala cada um dos poemas? Faça uma "paráfrase" de cada poema, ou seja, explicite seu conteúdo no nível mais literal possível (saiba mais no Box abaixo).

2. Do que falam os poemas? Arrisque uma interpretação do sentido figurado, das entrelinhas de cada poema.


Na paráfrase, o leitor deve se ater ao que as palavras significam literalmente, no seu sentido usual, como se estivessem fora de contexto. Quando interpretamos um poema, buscamos seu sentido figurado, aquele que só existe em situações não usuais. Para isso, temos que ler nas entrelinhas.
Assim, literalmente no poema 1 um Eu lírico reclama a ausência de um Tu poético que está longe e diz que isso é amor. No segundo poema, a primeira estrofe fala que o pranto tem uma mágoa amarga e, na segunda estrofe, o Eu lírico pergunta por que o Tu poético não vem, já que chove muito. No último poema, o vento balança uma rede vazia.



Discuta com a classe como uma leitura literal empobrece e distorce o verdadeiro sentido dos poemas.

2ª etapa: Interpretação dos poemas

Retome o sentido literal de cada poema com a classe e peça que eles exponham suas ideias sobre o sentido figurado. Lembre-se que um bom poema pode comportar mais de uma interpretação.

O primeiro poema fala do sentimento de vazio provocado pela ausência da pessoa amada, e que amar é sentir-se deixar de existir diante da ausência do outro. No poema dois, realizando uma analogia entre o choro e a chuva, o Eu lírico também reclama a ausência do ser amado. No último poema, o Eu lírico constata o vazio diante da ausência de um ser que preenchia uma rede com seu corpo e agora não a preenche mais.


Discuta com a sala:
- Os três poemas falam da mesma coisa?
- Os três poemas falam do mesmo jeito?
- No que os poemas são diferentes?

3ª etapa: Análise dos poemas: conceito de Forma Literária

Retome os três poemas e a discussão anterior.


De fato, os três poemas de Paulo Leminski se aproximam tematicamente na medida em que tratam de ausência e saudade. No entanto, é importante observar que são muito diferentes no que se refere à sua forma: para falar do mesmo "assunto", cada um usa uma imagem e cada um faz um jogo diferente com as palavras. Vejamos:
O primeiro poema figura a saudade do ser amado usando uma rima bastante significativa: existo e isto. O ser amado vai para longe e ele sente como se não     existisse e, muito por meio da rima, afirma que isso é que é o amor.
O segundo poema figura o mesmo tipo de saudade fazendo uma analogia entre o pranto e a chuva. Quando o Eu lírico pergunta "porque cargas d`água chove tanto e você não vem" e a palavra "vem" rima com a amarga mágoa que o pobre pranto "tem", percebemos a analogia entre pranto e chuva. O que o Eu lírico reclama é a ausência do ser amado mesmo diante de seu intenso sofrimento (traduzido em pranto, figurado em chuva).
O último poema, rimando vento e dentro, figura a ausência por meio da imagem de uma rede vazia.


Mostre aos alunos que, na linguagem poética, a FORMA vale tanto quanto o CONTEÚDO. Mais que isso, o conteúdo só ganha sentido por meio da forma. Em poesia, e em arte de um modo geral, FORMA É CONTEÚDO.

Avaliação
Em uma aula, individualmente e com consulta ao livro e ao caderno, peça que os alunos respondam as mesmas questões com poemas diferentes.


WEISZ.E. BOAINAIN.R.M. Literatura na escola - 6º ano: Poemas de Paulo Leminski. Revista Nova Escola. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/literatura-escola-6o-ano-poemas-paulo-leminski-553855.shtml> Acesso em 13/12/12



Análise dos personagens na narrativa

 Analisar as características dos personagens pode ser uma boa atividade para que a turma compreenda o enredo de uma história.




Objetivos
- Aumentar o repertório literário.
- Ler textos pré-selecionados e analisar os personagens, identificando as características e a importância de cada um para a narrativa.
- Apresentar um seminário sobre os personagens das histórias lidas.

Conteúdo
- Leitura.

Anos
- 7º ao 9º.


Tempo estimado

- 12 aulas.

Material necessário
- Textos: Felicidade Clandestina (Clarice Lispector, 60 págs., Ed. Rocco), O Doido da Garrafa(Adriana Falcão, 132 págs, Ed. Planeta do Brasil), Suflê de Chuchu (publicado em Comédias Para se Ler na Escola, Luis Fernando Veríssimo, 148 págs, Ed. Objetiva), Rosa Regada (publicado em Boa Companhia - Contos, Amilcar Bettega Barbosa, 128 págs. Ed. Companhia das Letras).


Desenvolvimento


1ª Etapa

Retome com os jovens a estrutura básica de uma narrativa (espaço, narrador, tempo, enredo, personagem, tipo de discurso) e explique que vocês vão aprofundar o estudo sobre o personagem. Mostre a diferença entre as funções que podem ser desempenhada por ele: protagonista, antagonista ou secundário. Relembre também a classificação quanto à evolução na narrativa: personagem plano (ou linear), que mantém o comportamento, e personagem redondo (ou esférico), que surpreende no desenrolar da trama.

2ª Etapa
Apresente os títulos dos quatro textos a serem estudados: Felicidade Clandestina, O Doido da Garrafa, Suflê de Chuchu e Rosa Regada e apresente os autores. Incentive a turma a realizar inferências sobre os textos somente com base nos títulos. Por exemplo, em que consistiria uma felicidade clandestina? O que seria um doido da garrafa? E que garrafa seria essa? O que terá acontecido com o suflê? Será que há relação com o fato do chuchu ser considerado insosso? A rosa do título seria uma mulher com esse nome ou se acaso se referiria à flor? Discuta essas e outras questões e monte um quadro com as opiniões.

3ª Etapa
Distribua cópias de todos os textos para os alunos e solicite que leiam o material individualmente. Considere realizar o momento da leitura em outro ambiente que não a sala de aula, como o pátio ou o jardim da escola e recomende algumas leituras para serem realizadas como tarefa de casa. Combine um prazo com a garotada. 

4ª Etapa
Encerradas as leituras, peça que estudantes comentem os textos lidos e retome as questões sobre os títulos, que foram registradas no quadro anteriormente: quais inferências se confirmaram? 

5ª Etapa
Divida a classe em três grupos - cada um será responsável por analisar mais a fundo uma histórias já lidas e também os personagens que fazem parte delas. Os jovens poderão escolher de qual grupo querem participar. Para começar a análise dos personagens, eleja um dos textos - por exemplo, Suflê de Chuchu - e organize um trabalho coletivo, em que você faça o papel de mediador. Assim, os alunos terão um modelo a seguir quando estiverem analisando o texto eleito por eles. Além de chamar atenção para as descrições feitas pelo autor, ressalte outros aspectos que podem ter muito a revelar sobre os personagens. Dentre eles, o jeito de falar e o vocabulário usado por eles e o comportamento de cada um. Com Suflê de Chuchu, instigue os alunos a inferir como era a vida da personagem Duda no Brasil antes da viagem, principalmente no que se refere às tarefas domésticas. Sugira que façam um contraponto com a realidade dela na França. Peça também que caracterizem os pais da personagem (protetores, modernos, tradicionais...). O fragmento do 1º parágrafo pode servir de ponto de partida para a análise: "(...) O primeiro telefonema desde que ela embarcara, mochila nas costas (a Duda, que em casa não levantava nem a sua roupa do chão!), na Varig, contra a vontade do pai e da mãe.". 

6ª Etapa
Explique para a turma que a tarefa agora é cada grupo analisar os personagens da narrativa escolhida e preparar um seminário a respeito. Ressalte a importância de todos os grupos contarem com um material para apoiar as falas (como cartazes ou slides) durante a apresentação. Esclareça também a validade de prepararem uma explanação breve sobre a vida do autor da história. Quanto às análises das personagens, deixe claro para os alunos que elas devem ir além das classificações estudadas anteriormente (personagem plano ou esférico, protagonista, antagonista ou secundário). Esclareça que é importante que eles busquem no texto informações - explícitas ou não - para apresentar os personagens. Instrua-os a buscarem pistas no modo de falar e no vocabulário deles, na forma com que se vestem, no temperamento, nas relações com os outros personagens... 

7ª Etapa
Agende reuniões com cada grupo para que os jovens apresentem a você o que analisaram até então. Ajude-os a aperfeiçoar o trabalho, apresentando questões desafiadoras. Por exemplo:

- "No conto Felicidade Clandestina há uma descrição minuciosa da filha do dono da livraria, porque será que isso acontece?", "Com base no que o autor escreveu, como provavelmente é a narradora?". Sugira para a turma listar os dados que revelam informações sobre os personagens e analisá-los, lembrando que a narradora-personagem deste texto é descrita física e psicologicamente (como aparece nos trechos "Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres" ou "Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe.").
- Em O Doido da Garrafa chame a atenção dos alunos para o parágrafo inicial do texto. "O que faz o personagem ser considerado doido pelas outras pessoas?" e "Quais atitudes ou gestos do personagem estão realmente fora do que a sociedade considera ‘normal’ e quais são ‘comuns’"? Instigue-os a perceber as características apresentadas sobre os outros personagens do texto. Chame a atenção ainda para as descrições metafóricas usadas para caracterizar o modo de vida do "doido da garrafa", como aparece no trecho: "Sentia uma paixão azul dentro do peito, desde criança, sempre que olhava o mar e orgulhava-se muito disso".

- No texto Rosa Regada chame a atenção para a descrição feita sobre Rosa no primeiro parágrafo. Qual possivelmente é a idade dela? É possível saber como ela é física e psicologicamente usando o texto como base? Como interpretar a afirmativa, contida no texto: "Rosa era quase um verão"? Sobre seus pais, chame a atenção sobre a relação entre eles e seus afazeres (o pai duro e silencioso de formão em punho e a mãe, em um canto da choupana, tecendo uma colcha para um inverno distante). Peça que os jovens analisem também a relação da personagem com a natureza e a importância disso para o desenrolar da narrativa.

6ª Etapa
Antes de apresentar a análise dos personagens para a apresentação e a breve biografia, é interessante que todos planejem ler o texto analisado em voz alta para os colegas. O professor é um modelo de leitor para os estudantes e por isso deverá ajudar os estudantes para que leiam com entonação e entusiasmo, a fim de proporcionar um prazer estético com uma leitura bem feita. Após a leitura, cada grupo poderá apresentar, com apoio dos cartazes ou slides, a análise. Ao final de cada apresentação, peça que a garotada expresse impressões sobre os aspectos apresentados, concordando ou discordando do grupo. Aja como um moderador nesse momento, inclusive levantando novas questões.

Avaliação
Analise se cada aluno foi capaz de ler com atenção e autonomia os textos selecionados, identificar e analisar os personagens, além de participar ativamente das discussões. No que se refere à apresentação do seminário, avalie a participação em todo o processo de pesquisa, montagem do material de apoio e na apresentação. É importante verificar também a qualidade das inferências feitas pelos estudantes e o quanto eles se prendem a características explícitas. Para aperfeiçoar eventuais fragilidades de leitura, é interessante selecionar um novo texto para que a turma realize mais uma análise, desta vez, individualmente.


ALMEIDA.E. Análise dos personagens na narrativa. Revista Nova Escola. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/plano-aula-analise-personagens-narrativa-711048.shtml > Acessado em: 12/12/12 às 14:49. 

Ortografia

  
Ortografia: X e CH  (6°ano)


Objetivo
Memorizar a ortografia correta de palavras escritas com x ou ch


Material
- Dicionário de Língua Portuguesa
- Folhas de ofício

 
Procedimento
- Os alunos deverão sentar-se em duplas, conforme orientação do professor.
- Cada aluno irá dizer ao seu companheiro cinco palavras das quais tenha dúvidas em relação à ortografia, se são escritas com x ou ch.
- Em seguida, cada aluno deverá procurar no dicionário as palavras ditas pelo colega. Após verificar a ortografia de cada uma delas, o aluno as anotará em uma folha de ofício, entregando-a ao companheiro.
- As duplas trocam seus parceiros.
- Agora, cada dupla brincará com o novo parceiro de "Jogo da Forca", utilizando, para isso, as palavras recebidas pelo companheiro anterior.
Observação: A mesma atividade pode ser realizada com palavras que causem dúvidas ortográficas quanto ao uso de r ou rrs ou sss ou z, etc.

                                                                    (Só Pedagogia.Site acessado em 12/12/12 às 14:00 disponível em <http://www.pedagogia.com.br/atividade.php?id=41)

Literatura na escola - 6º ano: A narrativa de Graciliano Ramos






Sequência didática de Língua Portuguesa para 6º ano do Ensino Fundamental sobre a narrativa de Graciliano Ramos.

Prêmio VivaLeitura 2012

As inscrições para o Prêmio VIVALEITURA 2012 estão abertas. São gratuitas e terminam no dia 29 de setembro. Os projetos podem ser cadastrados tanto pelo site como por via postal, em carta registrada. Mais informações no link abaixo.


Oficina com os professores de Língua Inglesa e Língua Portuguesa


Ao longo das últimas duas semanas do mês de junho foram realizadas oficinas com foco nas disciplinas de Língua Inglesa e Língua Portuguesa com a participação dos professores das áreas mencionadas nos pólos de Cataguases, Pirapetinga, Além Paraíba e Leopoldina.

O encontro foi avaliado positivamente pelos participantes, que anseiam novas reuniões e projetos práticos para a sala de aula.
Abaixo encontram-se disponíveis os arquivos utilizados na reunião e as fotos tiradas por pólo para visualização. Lembrando que a galeria completa das fotos encontra-se disponívelCLICANDO AQUI. A Equipe de Línguas do PIP CBC Leopoldina agradece a todos pelo ótimo entrosamento, pelo debate e pela participação de todos os professores que estiveram no encontro.

Arquivos para download:
 Apresentação CBC de Língua Portuguesa e Língua Inglesa *
 Fatos & Mitos no trabalho docente em produção textual 
 Formulário - Língua Inglesa
 Formulário - Língua Portuguesa

essa apresentação engloba também outros tópicos, como sequência didática, Matriz de Referência, Características de um item etc


Pólo Cataguases:

Pólo Pirapetinga:

Pólo Além Paraíba:

 Pólo Leopoldina:

Curiosidades da Língua Portuguesa

HISTÓRIAS DOS DITADOS POPULARES 

Expressões populares, usadas ingenuamente por nós e que têm origens bem antigas e histórias interessantes. Vários são os ditados provindos da mitologia grega, que são habitualmente usados na nossa língua:

CALCANHAR DE AQUILES
A mãe de Aquiles, Tétis, com o objetivo de tornar seu filho invulnerável, mergulhou-o num lago mágico, segurando o filho pelos calcanhares. Páris feriu Aquiles na Guerra de Tróia justamente onde, isso mesmo, no calcanhar. Portanto, o ponto fraco ou vulnerável de um indivíduo, por metáfora, é o calcanhar de Aquiles.

VOTO DE MINERVA
Orestes, filho de Clitemnestra, é acusado do assassinato da mãe. No julgamento, houve empate. Coube a deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é o voto decisivo.
Depois da mãe de Aquiles, vamos a outras mães...

CASA DA MÃE JOANA
Na época do Brasil Império, mais especificamente na época da minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro cuja proprietária era justamente a Joana. Como eles mandavam e desmandavam no país, ficou a frase casa da mãe Joana como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

A MÃE DO BADANHA
De origem controvertida. O pessoal do futebol atribui a um tal de Badanha, jogador do Internacional. Mas existem várias versões. Será que o internauta conhece alguma? Mande mail para a nossa página. Agora é a vez das religiosas

VÁ SE QUEIXAR AO BISPO
No tempo do Brasil colônia, por causa da necessidade de povoar as novas terras, a fertilidade na mulher era um predicado fundamental. Em função disso, elas eram autorizadas pela igreja a transar antes do casamento, única maneira de o noivo verificar se elas eram realmente férteis.
Ocorre que muitos noivinhos fugiam depois do negócio feito. As mulheres iam queixar-se ao bispo, que mandava homens atrás do fujão.

CONTO DO VIGÁRIO
Duas igrejas em Ouro Preto receberam um presente uma imagem de santa.
Para verificar qual da paróquias ficaria com o presente, os vigários resolveram deixar por conta da mão divina, ou melhor, das patas de um burro. Exatamente no meio do caminho entre as duas igrejas, colocaram o tal burro, para onde ele se dirigisse, teríamos a igreja felizarda. Assim foi feito, e o vigário vencedor saiu satisfeito com a imagem de sua santa. Mas ficou-se abendo mais tarde que o burro havia sido treinado para seguir o caminho da igreja vencedora. Assim, conto do vigário passou à linguagem popular como falcatrua, sacanagem.

FICAR A VER NAVIOS - HISTÓRIAS DE PORTUGAL
O rei de Portugal, Dom Sebastião, morreu na batalha de Alcácer-Quibir,mas o corpo não foi encontrado. A partir de então (1578), o povo português esperava sempre o sonhado retorno do monarca salvador.  Lembremos que, em 1580, em função da morte de Dom Sebastião, abre-se uma crise sucessória no trono vago de Portugal.
A conseqüência dessa crise foi a anexação dePortugal à Espanha (1580 a 1640), governada por Felipe II.
Evidentemente,os portugueses sonhavam com o retorno do rei,como forma salvadora de resgatar o orgulho e a dignidade da pátria lusa.Em função disso, o povo passou a visitar com freqüência o Alto de Santa  Catarina, em Lisboa, esperando, ansiosamente,o retorno do dito rei. Como ele não voltou, o povo ficava apenas a ver navios. Várias piadas são provenientes deste ditado. Umadelas faz graça do casamento de Jaqueline com Onássis, grande construtor de navios. Na lua de mel, Jaqueline teria ficado diante da janela do quarto,e Onásis dizendo-lhe os nomes dos navios atracados no porto. Logo, na lua de mel,ela ficou apenas a ver navios, como o povo português. É importante frisar também que a morte de Dom Sebastião inaugura o sebastianismo, que se trata simplesmente disto a chegada do salvador. Várias crenças advêm daí.
Entre elas podemos destacar a guerra de Canudos, liderada por Antônio Conselheiro.

NÃO ENTENDO PATAVINAS
Os portugueses, conta a história, tinham dificuldades em entender os que diziam os frades franciscanos patavinos, isto é, originários de Pádua, em italiano Padova. Não entender patavina significa não entender nada.

DOURAR A PÍLULA
Vem das farmácias que, antigamente, embrulhavam as pílulas em requintados papéis, para dar melhor aparência ao amargo remédio. Logo,dourar a pílula é melhorar a aparência de algo.

CHEGAR DE MÃOS ABANANDO
Os imigrantes, no século passado, deveriam trazer as ferramentas para o trabalho na terra. Aqueles que chegassem sem elas, ou seja, de mãos abanando, davam um indicativo de que não vinham dispostos ao trabalho árduo da terra virgem. Portanto, chegar de mãos abanando é não carregar nada.
Ele chegou de mãos abanando ao aniversário. Significa que não trouxe presente ao pobre aniversariante, que terá de se satisfazer apenas com a presença do amigo.

VOX POPULI, VOX DEI!
A VOZ DO POVO, A VOZ DE DEUS!
Câmara Cascudo, em Superstição no Brasil, nos esclarece a origem deste ditado. É hábito nosso fazer adivinhações, por exemplo, como saber o nome do futuro marido ou da futura mulher? Existem várias  crenças.
Uma delas é colocar uma moeda na fogueira e, pela manhã, retirá-la do braseiro. Em seguida, dá-se esmola ao primeiro pedinte. O nome do mendigo será o nome do futuro noivo. Outra registrada por Câmara Cascudo é a superstição de pôr-se água na boca e esconder-se atrás de uma porta. O primeiro nome ouvido será o do futuro cônjuge.
A curiosidade é que este hábito não é apenas brasileiro, mas tem origem européia. As pessoas consultavam o deus Hermes, na cidade grega de Acaia, e faziam uma pergunta ao ouvido do ídolo. Depois o crente cobria a cabeça com um manto e saía à rua. As primeiras palavras que ele ouvisse eram a resposta a sua dúvida. Assim, a voz do povo, a voz de Deus.

OLP - Escrevendo o Futuro




A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro desenvolve ações de formação de professores, com o objetivo de contribuir para ampliação do conhecimento e aprimoramento do ensino da escrita. Uma das estratégias é a realização de um concurso de produção de textos que premia poemas, memórias literárias, crônicas e artigos de opinião elaborados por alunos de escolas públicas de todo o país.

Muito mais que um concurso de textos, a Olimpíada é uma oportunidade para o aperfeiçoamento de professores e uma ocasião especial para os alunos desenvolverem práticas de leitura e escrita.
(fonte: Portal Cenpec)


Confiram, abaixo, o cronograma da Olimpíada de Língua Portuguesa. Não percam o prazo das inscrições! Professor, CLIQUE AQUI e inscreva-se.
 

Plano de Curso do 6° ao 9°

Disponibilizo para download nesse (corrido) post o paradigma de Plano de Curso de Língua Portuguesa dos anos finais do Ensino Fundamental, baseado no CBC.


 Plano de Curso 6° ano
 Plano de Curso 7° ano
 Plano de Curso 8° ano
 Plano de Curso 9° ano


Lançamento da Olimpíada de Língua Portuguesa

Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro


Foi realizado na manhã desta segunda-feira (19), no Itaú Cultural, em São Paulo (SP), o lançamento nacional da 3ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro – iniciativa do Ministério da Educação e da Fundação Itaú Social, com a coordenação técnica do Cenpec. As inscrições para as redes públicas da educação básica e para os professores de Língua Portuguesa estão abertas até o dia 25 de maio e devem ser feitas pelo Portal da Olimpíada.



Avaliações diagnósticas

Seguem, abaixo, os arquivos referentes às avaliações sugeridas para a disciplina de Língua Portuguesa.

 AVALIAÇÃO 6º ANO
 AVALIAÇÃO 7° ANO
 AVALIAÇÃO 8º ANO
 AVALIAÇÃO 9º ANO

Como seria o perfil de Dom Casmurro (Bentinho) no Facebook?

Uma dupla de publicitários brasileiros radicados em Portugal teve uma ideia no mínimo diferente: adaptar um livro para o Facebook. Se a princípio fica difícil imaginar como isso seria possível, basta pensar em como nós contamos histórias todos os dias nas redes sociais (sobre o nosso dia, nossas atividades, eventos que participamos, etc). No caso do livro, o personagem principal ganha um perfil e as ações da trama são traduzidas em ações na rede social – curtir, compartilhar, fazer amigos… “Se o personagem escuta uma música, coloco um link com o vídeo dela no YouTube. Se vai para a Itália e cita o Mussolini, complemento com um link sobre ele da Wikipedia”, contou Thiago Carvalho, um dos idealizadores da adaptação, em entrevista à Folha de S. Paulo
A partir da ideia dos rapazes, a ilustradora Beatriz Carvalho desenvolveu o protótipo de como seria  a adaptação de Dom Casmurro, de Machado de Assis, para o Facebook. Veja como ficou: 
(Fonte: L&PM editores)


Simulação de perfil no Facebook com base no romance "Dom Casmurro" (1899), do escritor Machado de Assis
Clique na imagem acima para obter mais informações.